A Aventura do Dossier de Imprensa
Começa na Hemeroteca Nacional. Dois estudantes de Jornalismo cheios de energia, após uma noite de sono bem dormida e um almoço bem servido (numa cantina universitária), dedicam um momento a vasculhar os diários de referência de dias passados em busca de artigos diversos sobre o Processo de Bolonha (reforma europeia do ensino superior; um destes dias espero publicar aqui os resultados desta nossa fabulosa pesquisa). Catorze horas e trinta minutos de uma tarde de sol que convida a uma esplanada à beira rio, e estamos nós a entrar no cinzento universo da Hemeroteca. O trabalho é simples, nada do outro mundo, o lugar é um primor no que à organização e burocracia concerne, os funcionários são simpatiquíssimos, sempre atentos às nossas necessidades, respondendo às nossas questões e dúvidas num tom amistoso e sempre com um vasto sorriso no rosto. Quando não estão ocupados, conversam em amena cavaqueira, como se fossem amigos de infância. Abandonamos o edifício às dezoito horas, com nove artigos na algibeira, após vasculharmos largas dezenas de jornais, e rumamos ao Metro mais próximo.
E assim se arruina uma tarde.
João Campos
(Hemeroteca Nacional, na R. de São Pedro de Alcântara (Bairro Alto), 3, 1250-237 Lisboa. Em caso de se ter de deslocar à dita cuja, aconselha-se a precaver-se com tempo, um lanche bem guarnecido, um maço de cigarros e uma dose de paciência. Grande.)
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