Análise observacional
Nas pausas do estudo de Semiologia (a contar para a frequência de amanhã), na esplanada interior do centro comercial Saldanha Residence, junto aos restaurantes take-away:
- As quatro empregadas (uma com dois dentes de ouro...) que andavam a girandar por entre as mesas, recolhendo loiça, esvaziando cinzeiros, limpando as mesas e arrumando as cadeiras eram originárias da Europa de Leste;
- A menina que se ocupava da barraquinha das guloseimas era, também ela, do Leste da Europa;
- Os dois rapazes que estavam ao balcão ao qual pedi, no decurso da tarde, três cafés, um salame de chocolate, uma gelatina de pêssego, uma fatia de pizza e uma coca-cola eram brasileiros;
- A empregada do Shoarma era também brasileira.
Pergunta: se os portugueses se queixam tanto do desemprego, porque estão estes lugares ocupados por estrangeiros?
Atenção: não estou a fazer nenhuma tese xenófoba: como tal, não quero que me interpretem mal. Acho muito bem que estes imigrantes que escolhem Portugal como destino tenham um emprego. Aliás, sei bem o que se passa: o povo de cá não quer estas vagas laborais. Um lugar comum: querem um emprego, e não um trabalho.
Por isso, e por muito mais, acho complicado o Eng. Sócrates concretizar a sua promessa (ou a sua meta, se optarmos pelo eufemismo recorrente) de dar emprego a cento e cinquenta mil desempregados. Tinha que fazer lavagens ao cérebro quase a todos os desempregados.
João Campos
1 Comments:
Não tinha lido este post.
Está muito bem. Apoiado.
O Mário Soares também apoia. Ele disse, eu até "postei", que os portugueses ganharam um novo estatuto que não os torna compatíveis com estes trabalhos. Para os outros, os de leste e tal, "isto é um paraíso".
Mas só para esses. Para nós é uma merda!!
Abraço
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