terça-feira, abril 05, 2005

O tédio e o ócio

Todos dizem que o tédio é fruto do ócio. Mas esta ideia nunca me pareceu correcta e nunca quis ceder. Recentemente, achei um trecho que me deu razão.

Não é o tédio a doença do aborrecimento de nada ter que fazer, mas a doença maior de se sentir que não vale a pena fazer nada. E, sendo assim, quanto mais há que fazer, mais tédio há que sentir. Bernardo Soares, in Livro do Desassossego

Miguel Moura Santos

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«(...) mas se a coragem de reis e comandantes fosse tão forte na paz como na guerra, a vida humana manter-se-ia mais estável e mais constante, e não se veriam estes desequilíbrios, mudanças e confusões gerais. É que o poder facilmente se conserva pelos mesmos métodos que a príncipio o originaram. Mas quando se dá a invasão da preguiça, em vez do trabalho, da luxúria e do orgulho, em vez da continência e da equidade, a sorte muda juntamente com a moral. E assim o poder está sempre a transferir-se do menos bom para o melhor.»

Salústio(historiador romano)in «Catilina», 11.1-6

7:14 da tarde  

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