Life has a twisted sense of irony
Empenhado no meu papel de Comissário da Guerra no futuro PREC (não confundir - a coincidência da sigla é apenas isso mesmo - uma coincidência. O "meu" PREC significa "Partido Revolucionário de Extremo Centro), brincávamos eu e o Nuno, velho companheiro de longas conversas, empenhado cientista e filósofo que não consigo convencer a dedicar-se às lides blogosféricas, sobre a ideia de workshops de temáticas variadas: "como fazer um genocídio em três lições", "técnicas de demolição em massa para maximização do massacre" e disparates quejandos. Isto entre muitas gargalhadas e, no meu caso, entre valentes copadas de vodka pura. Até parece que algum cabeçudo do Bloco ouviu as nossas risadas perversas (muhahahaha) e desprovidas de maldade! Agora, segundo consta na imprensa nacional, um acampamento de Verão do Bloco de Esquerda terá workshops diversos: artes circenses, pinturas murais (a.k.a. vandalismo urbano), equilibrismo (num partido de extrema? weird...), e... desobediência civil. Ao que parece, o direito à desobediência civil vem consagrado na Constituição - não sei, nunca tal coisa li, para grande falha minha, bem sei. Mas o conceito é interessante. De inspiração na Greenpeace, "exemplo internacional de desobediência civil bem sucedida" (laugh laugh laugh).
Fico, agora, curioso acerca da opinião da malta acerca desta ideia peregrina, que só poderia sair de uma shitstorming das cabecinhas bloquistas. O Bloco, na sua linha, podia por os seus jovens camaradas a ler Marx, Trotsky, ou qualquer outro cérebro de esquerda. A ver se os afastava de palavras ocas e Morangos com Açúcar. Mas ensina a desobediência civil, as artes circences, pinturas murais, equilibrismo. E depois dizem que eu sou de extremos.
João Campos
(P.S.: ó Nuno, temos de ver se levamos a coisa avante, que isto anda mal, pá! E, já agora, tenta arranjar-me uma garrafita de Moskovskaya!)
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