fire at will
A polícia britânica apenas fez a sua obrigação. Não importa se o sujeito abatido resistiu ou não antes de se abrir fogo: era suspeito. Num mundo como o de hoje, esse é um motivo tão válido como outro qualquer. É uma questão de escolha: a polícia teve de decidir num segundo se eliminaria um homem suspeito, eventualmente inocente. E, se não o fizesse, quais poderiam ser as consequências. Basicamente, matou-se um inocente para, just in case, e porque é melhor prevenir do que remediar, proteger milhares de inocentes. Shit happens, como dizem os sempre pragmáticos americanos.
Azurara: eu percebo toda a retórica que envolve os direitos humanos. Mas não concordo com eles - pelo menos não nos moldes actuais, que apenas protegem os criminosos. Se alguém violar os meus direitos humanos - e basta-me recordar as três vezes em que fui assaltado -, os direitos humanos protegem quem os viola. Não aqueles cujos direitos humanos foram violados. O mais grave de tudo é que no presente momento a polícia - que, em última análise, é a instância que deve zelar para que tais direitos sejam respeitados - está completamente desprotegida. A história recente demonstrou-o vezes sem conta. A História da Humanidade, por seu lado, já deixou claro por que não resultam os Direitos Humanos. Eles são feitos por humanos e para humanos. Isto diz tudo. E explica por que motivo sou contra os tais "direitos".
João Campos
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