domingo, outubro 02, 2005

A enfermeira

M. punha nela os olhos magníficos e lá estava a enfermeira maravilhada e a perceber a traição que seria magoar aquele rapaz. “Não tenhas medo que não dói nada”, dizia, enquanto se preparava para lhe espetar no braço uma agulha dolorosa.
M. sentia-se, subitamente, tranquilo. Via-a sorrir com (aparente) gosto e supôs que lhe dizia a verdade. É tão fácil enganar uma criança.
Susana