quarta-feira, novembro 30, 2005

Deste Lado do Espelho

Eustáquio ? Quando podemos conhecê-lo ? Há pictures ?

terça-feira, novembro 29, 2005

Autodeterminação dos animais

Este texto de Henrique Raposo fez-me pensar. Não pela primeira vez - o João Pereira Coutinho, em várias crónicas, já tinha escrito sobre o tema, e com uma opinião semelhante.
1) Lamentavelmente, não tenho aqui um dicionário. Mas creio que para se ter direitos é necessário lutar por eles, não? E defendê-los. Adoro animais, mas não estou a ver o Eustáquio (o meu cágado) a argumentar comigo as suas refeições, ou as suas condições de hibernação. Na minha concepção, o Eustáquio não tem direitos. Eu, sim, tenho o dever de o alimentar, de lhe dar mimo, de o deixar andar à vontade por entre os espinafres e os rabanetes do canteiro da minha mãe, de lhe trocar a água e de lhe dar uns trapinhos quentinhos e fofos para ele hibernar de forma confortável.
2) Autodeterminação dos animais: poupem-me. Qualquer dia temos animal parades, não?
3) Mas mesmo que os animais tenham, efectivamente, direitos: a sua liberdade acaba onde começa a do próximo. Logo, e mesmo que uma revisão constitucional conceda igualdade de direitos aos amigos de quatro patas, os lulus das tias de Campo de Ourique não têm o direito de cagar nas calçadas, porque isso condicionará a minha liberdade de andar descansado pelo passeio. Ou será esta uma daquelas igualdades que quer mais direitos que os antigos "opressores"?
João Campos

As escolhas de Maria Helena

Uma pequena opinião acerca das amáveis sugestões que a Maria Helena me deixou:
a) Avô Bochechas (Mário Soares) e Avô Cantigas (Cavaco Silva): temas muito batidos, sobretudo na blogosfera. Para dizer bem, já há os blogs de apoio (apesar de o blog de Mário Soares dizer sobretudo mal do Cavaco...). E para dizer mal, creio que ambos os candidatos não precisam de mais ajuda.
b) Todos os outros candidatos, incluíndo o Chiquinho Louçã, que já tem idade para ser avô, embora tenha cara de miúdo: O "Chiquinho Louçã" é outro que fala por si. Não tem remédio. A sorte dele é que as pessoas deste santo país (ao qual querem roubar os crucifixos) esquecem rápido e ouvem com deleite os maiores disparates desde que sejam ditos de forma eloquente. Por isso já ninguém se lembra do sorriso do aborto e de outros episódios do camarada Chico.
c) O regresso da co-incineração (em Souselas, já há quem ande à espreita do 'pai' Sócrates, com uma forquilha): O meu lado sádico paga para ver as forquilhas. "É qu'é já a seguir", como diz o nosso primeiro-ministro.
d) As emissões de carbono para a atmosfera e o protocolo de Kioto: Kyoto é, no meu entender, um assunto demasiado complexo para ser discutido de forma leviana. Apesar de me interessar pelo tema (sobretudo, pelos posts de João Miranda e de maradona), não o quero discutir aqui sem primeiro ler alguma coisa em que fundamente as minhas opiniões.
e) As mulheres: a sua luta pela igualdade acaba no momento de trocar uma lâmpada.
f) Os homens: deixem-se de merdas, que baixar a tampa da sanita ou arrumar os chinelos não dá trabalho nenhum.
João Campos

segunda-feira, novembro 28, 2005

Segunda-feira no mundo às 00:41

Sou a que fica a pensar no teu nome, e em como
o som das letras do teu nome me intrigam, e em
como o som das letras me faz querer dançar,
e em como o som me faz querer-te.

domingo, novembro 27, 2005

answering the call

O Johnny Campos está aqui, Maria Helena. Tenho é andado ocupado, e, consequentemente, um tudo-nada longe do mundo. Ou seja: não tenho tido grande assunto sobre o qual escrever. Preciso de me actualizar - a ver se retomo a forma nesta semana. Já agora, eu e o Charlie andamos às voltas com um trabalhito de Inglês. Uma ajudinha, não vai? ;)
João Campos

answering the call

You know what they say



The sky is the limit.

Say cheese!

Deste Lado do Espelho

Deste Lado do Espelho

Deste Lado do Espelho

Deste Lado do Espelho

Que é feito de Johnny Campos ?

quinta-feira, novembro 17, 2005

Agora é que é:

Vou mesmo mudar de curso. Bye bye jornalismo, MacLuhan, LEAD, jornais diários e Manuela Moura Guedes. Vou estudar informática. É que descobri a minha vocação:

http://www.syncmag.com/article2/0,1895,1887761,00.asp

João Campos

Agora é que é:

terça-feira, novembro 15, 2005

Now shit won't happen

Agora que até a pílula do dia seguinte vai ser gratuita (o que, sem ironia, acho muito bem), e que a partir de dia 1 de Dezembro até os momentos de "shit happens" passam a ser à borla, será que vale mesmo a pena proseguir para o referendo sobre a legalização do aborto?
João Campos

segunda-feira, novembro 14, 2005

Hiatus

Não é por mal que nada se tem escrito por aqui. Descansem os nossos leitores (ou não), que o blog não morreu, como tem acontecido a tantos blogs pluralistas por essa blogosfera fora. A questão é que a vida anda complicada para quem escreve sobre assuntos mais ou menos actuais. Anda tudo na mesma. Se não, repare-se:
- Em França, continua o projecto de renovação do parque automóvel, agora até com iniciativas de controlo populacional;
- Comentadores europeus continuam a tentar apontar o dedo a "esse Bush" por tudo e por nada;
- Os nossos candidatos presidencias continuam ao seu melhor, o que em si é muito mau;
- Lisboa continua a meter água sempre que chove;
- Jornal Nacional;
- No meio disto tudo, salva-se "O Crime do Padre Amaro". Mas, raios partam, até aquela música dos Da Weasel tinha de aparecer lá!

João Campos

third watch

O blog "Alcómicos Anónimos".

João Campos

quarta-feira, novembro 09, 2005

third watch

O post Journal, 11, de Eduardo Pitta, no blog "da literatura".
João Campos

terça-feira, novembro 08, 2005

out of curiosity*:

constatei há dias, no meio de uma aula, que a banda desenhada e o mundo dos brinquedos podem ser - de acordo com os padrões moralistas que por vezes parecem querer ressurgir - potencialmente perigosos para os petizes. Se não, repare-se: no universo Disney, todas as famílias são atípicas. Não há pais ou mães, apenas tios (tias) e sobrinhas. Patinhas é tio do Donald, que por sua vez é sobrinho dos três patitos com nomes em diminutivo. Da mesma forma, Margarida é tia de três patitas, e Mickey (que mantém com Minnie a única relação aparentemente "normal" deste mundo) é tio de, se bem me lembro, dois ratitos.
Já a Avó Donalda é tratada por "vóvó" igualmente por Donald e pelos seus sobrinhos. O que me leva a concluir que ela é tia de Patinhas, mãe da mãe ou do pai de Donald e avó de um dos pais dos três patitos. Então porque nunca fala dos filhos?
A coisa piora: se também Margarida se refere a Patinhas como "tio", isso quer dizer que ela e Donald são, à partida, irmãos. Ou seja, temos incesto. Como podem então os sobrinhos de ambos (que também parecem ter alguma relação entre si) crescer saudáveis e sem traumas, com os pais - que são irmãos - a manterem uma relação amorosa (já de si instável)? Não basta terem famílias completamente desmembradas?
O mesmo no mundo dos brinquedos. A loura Barbie não tem filhos (deve ser por causa da linha), mas tem uma sobrinha. Da mãe da miúda, que eu saiba, não há notícias. Vive com a tia. Ora a Barbie fartou-se do Ken e divorciou-se. Rumores há de que o ex-namorado da loura é homossexual. O interessante é que no mundo Barbie não há mais personagens masculinas (que eu conheça). Ou seja: mesmo que o Ken quisesse ser gay, não tinha com quem sê-lo; quanto muito, poderá ser bicha. E Barbie, na ausência de Ken, com quem anda? O Action Man e o G.I. Joe andam sempre em guerras, e não me cheira que a loura, com aquele corpito, seja rapariga de ficar em casa, de luto, à espera do amado. Restam as suas amigas.... e eis mais um bom exemplo a dar à sobrinha (já que é senso comum que as lésbicas são, regra geral, bastante bem feitinhas). E agora, não se fala nos perigos da adopção de crianças por casais homossexuais? Quando irá a assistente social retirar a pequena dos cuidados da tia lésbica?
Pais e mães de todo o mundo: pensem bem nos que andam os vossos filhos a ler, ou com que bonecos andam eles a brincar. O melhor é tirarem-lhes as bandas desenhadas das mãos e darem-lhes qualquer coisa mais instrutiva. E comprarem brinquedos mais educativos. Nos dias de hoje, já não se pode confiar em coisa nenhuma.
João Campos
*ou "porque há vida para além de Paris"

segunda-feira, novembro 07, 2005

Cenas da vida real

A nossa quota de música portuguesa*:

Geme o restolho, triste e solitário
A embalar a noite escura e fria
E a perder-se no olhar da ventania
Que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
Esquecido, enlouquecido, dominado
Escondido entre as sombras do montado
Sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
E preciso penar p'ra aprender a viver
E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
P'ra receber daquilo que aumenta o coração


(Restolho, Mafalda Veiga)

João Campos

*ou "porque eu não ouço apenas metal e Blasted Mechanism."

Vive la France !

E de França, continuam as notícias assustadoras (impossível não pensar como é que seria, se a coisa se passasse por cá, visto que também temos guetos e imigrantes e revoltados ... ). A situação acontece por várias razões:
a. de há, pelo menos, duzentos anos, a França é o país das revoluções;
b. tudo isto é uma consequência tardia, da divisão de África, no séc. XIX, apontada como desastrosa num dos comentários presentes neste blogue;
c. a resposta governamental aos revoltosos continua com o mesmo espírito daquela frase atribuída a Maria Antonieta 'se não têm pão, comam cruassãs' ( ai que bem que a palavra fica, escrita assim ! ). Compreende-se que Mr Sakrosy se sinta revoltado com a revolta dos revoltosos, mas, não devia ter-lhes chamado 'escumalha'; assim, fica mesmo pronto para morrer, na ponta de uma navalha;
d. controlar uma revolta/ revolução com a guilhotina foi horrível; controlar uma situação que se expande na Net e com telemóveis é (praticamente) impossível.
e. nesta alínea, incluo todas as razões que a razão não compreende.

C'est domâge mais, la France está, como se diz por cá, 'em calças pardas'. Cheers !

domingo, novembro 06, 2005

Coisas que se lêem nos livros II

Na primeira página do livro O Mundo de Sofia, que acabara de levantar na biblioteca municipal, pôde ler, escrito a caneta com letra da Primária: «Há mais coisas no céu e na terra que na tua filosofia». Assianado: Rodrigo Lameira, o rei dos livros. E surpreendeu-se, mais tarde, a pensar, enquanto assistia ao mais belo pôr-do-sol outonal: O rei dos livros tem toda a razão.
Susana

Coisas que se lêem nos livros

Dentro do quarto, sobre a cama, havia um saco grande, cheio de jornais e revistas. Típico: velho hábito de um conhecido do pai, este de oferecer jornais e revistas de toda a espécie ao senhor simpático que tem uma filha a estudar Jornalismo. Ao conferir o conteúdo, porém, surpreendeu-se. Uma edição antiquíssima – quase a desfazer-se - d’Os Lusíadas, com uma imagem do poeta imortal sob o nome “Luiz de Camões” assim mesmo escrito, esvaziava de prioridade e urgência as páginas frescas da actualidade. Ao virar a capa, lentamente, pôde ler:

«Nova edição d’uma biographia do poeta, escripta por Innocencio Francisco da Silva, e annotada por Joaquim João Serpa, seguida d’um dicionário dos nomes próprios, históricos, geographicos e mythologicos, que se encontram no poema, adornada com o retrato de Camões, e com uma estampa do padrão levantado por Vasco da Gama em Melinde».

Depois, folheando o livro ao acaso, pôde ler, muitas páginas à frente - já quase no final -, num espaço em branco por baixo do CLVI canto, escrito cuidadosamente a lápis:

«Este rapaz é um bocado garoto pelo que me disseram. No entanto é imensamente delicado tem um modo captivante, é pois a razão porque eu gosto muito d’elle. Elle no entanto, olha para mim indiferentemente, mas eu (bem sabes como sou) ainda gosto mais dele por isso». Assinado: Maria da Conceição.

E reparou, intrigada, que a página 437 havia sido arrancada. Tal como a 438 e a 439. Folheando o livro ao acaso, foi ali que, por acaso, o abriu: entre as páginas 436 e 440.
Susana

sexta-feira, novembro 04, 2005

Não sou da extrema direita, nem nada que se pareça. Não sei ao certo quem são os vândalos, perdão, os jovens que ameaçam deixar Paris em estado de sítio. No entanto, tenho a certeza de que se fossem jovens da extrema direita e/ou neonazis a semear o caos nas cidades francesas, já a esquerda europeia andava inflamada, já andavam nas ruas manifestações anti-racismo, já os media europeus andavam a cobrir jornais e a arrancar breaking news com a palavra "racismo" escrita a vermelho com letras grandes, gordas e feias, já a polícia de choque andava nas ruas francesas a distribuir porrada e já o fantasma do velho Adolfo tinha saído da tumba.
João Campos

Sobre o crescendo de violência em França: dualidade de critérios

Ler no Blasfémias este post de João Miranda. E, de seguida, reflectir sobre a dualidade de critérios que pauta os meios de comunicação social (já agora, visite-se o Le Monde online e vejam-se as headlines). E sobre o que é a França neste início de século XXI.
João Campos

minefield

Entre merda de cão molhada e fundas poças de água, Lisboa é uma aventura numa manhã de chuva.
João Campos

Uma mera questão de profissionalismo

Ouvi com a máxima atenção que foi possível a conferência, que a Federação Académica da Universidade Nova de Lisboa organizou hoje na Reitoria desta mesma Universidade, com o Professor Cavaco Silva. Voltei a ouvir hoje, como já tinha escutado em anteriores ocasiões, o Sr. Professor expressar a ideia de que não é um "político profissional", o que inevitávelmente me sugere a humilde mas, julgo, muitíssimo pertinente interrogação que é a seguinte:

Será que o país eleitor deseja um Presidente da República que seja um "político amador"?

Fica a questão.

João Teago Figueiredo

quarta-feira, novembro 02, 2005

Aos jovens portugueses anti-globalização:

Já vos passou pelas vossas iluminadas cabecinhas - cheias de sms, e-mails e mac-chickens - que foi este belo país à beira mar plantado que, há mais de quinhentos anos, deu início ao processo de globalização?
João Campos

Conversas de café

Tornou-se mais ou menos recorrente acusar-se os Estados Unidos de todos os males do mundo. A coisa atingiu uma proporção ridícula a partir do 11 de Setembro, com sorrisos de alegria pelo mundo. O que não me choca quando falamos do Médio Oriente mas choca-me quando falamos da Europa. Afinal, os americanos dão-se ao luxo de passar por cima da Europa e do Conselho de Segurança da ONU. Apenas tiveram o que mereceram. Com o furacão Katrina (e com todos os outros que hão-de vir) voltou o fantasma: os E.U.A., ávidos de mercado, não assinaram Kyoto - a solução para todos os problemas ambientais do planeta!;logo, são os responsáveis pelo aquecimento global, pelo buraco do ozono, pelo degelo e qualquer outra catástrofe natural de origem climatérica que assole este planeta.
É para falar de responsabilidades? Então vamos começar por África, aquele belo e selvagem continente que em 1884 foi divido, com régua e esquadro, a traços de lápis pelas principais nações europeias - leia-se Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal e Espanha (apesar de não estar certo quando à Espanha). No processo apenas foram tidos em conta interesses económicos. As tribos e etnias da região foram esquecidas até os conflitos rebentarem - sendo então reprimidos pela força das armas.
Muitos dos conflitos africanos vêm deste tempo, da divisão errática que a Europa fez do continente africano. Da mesma forma que a visão colonial, com tudo o que lhe é intrínseco (desprezo pelos nativos, interesses económicos, etc), em parte, ajuda a explicar a miséria que hoje é visível aos olhos do mundo. Hoje, que as colónias não mais existem, estão no poder políticos corruptos que vêm o seu povo passar fome e morrer de pragas sucessivas de uma janela banhada em ouro. E as Nações Unidas - essa grande organização que tanto tem feito por causas humanitárias (comentário semi-irónico) - não fala disto. Despeja ajuda humanitária, em caixotes castanhos, dos céus onde voam os C-130. Está no terreno, mas apenas remenda. De certa forma, a ajuda humanitária europeia é a indulgência do seu pecado, sinal de um complexo de culpa que conhece mas não reconhece. Porque não enviar, em vez de ajuda humanitária, quadros técnicos que, aos poucos, comecem a formar naqueles países pessoas capazes de dar um novo rumo a África? É a velha parábola do pescador: porque é que, ao invés de se continuar a dar peixe a África, não se lhe ensina a pescar? Resposta iluminada: "porque os governos corruptos desses países não permitem." Se assim é, porque não faz o Conselho de Segurança das Nações Unidas alguma coisa?
O desastre africano é apenas responsabilidade europeia. Da mesma Europa que errou e que, através da ONU, continua a errar. E pouco me importa que os americanos vendam para lá armas e tudo o resto. Isso vem depois. Começemos pelo início. África não precisa de alimentos, mas de aprender a cultivá-los. A boa da verdade é que a ninguém - nem à Europa, e muito menos aos Estados Unidos - interessa que África saiba pescar.

João Campos

Post à JPP

Decorre a aula de Fotojornalismo. O professor está para ali atrapalhado com o pragrama de computador e está-nos a dar uma grande seca. Vou dizer-lhe no intervalo.

Susana

terça-feira, novembro 01, 2005

Citação

«Era sábio, agora é tonto. Era descontraído, agora é confuso. Era lúcido, agora é desnorteado. Transportava consigo a nossa história recente, agora é só um velho. Definitivamente, Portugal odeia políticos. Prefere peças de museu. (...) Os velhos são óptimos porque já não contam para nada.»
Daniel Oliveira, Expresso, 29.10.2005
Raramente concordo com um ‘bloquista’. Aliás penso ser esta a primeira vez que tal sucede, mas, na realidade, vejo-me obrigado por força da verdade a ter que concordar com esta citação. Em primeiro lugar porque ela é, de facto, verdadeira. E em segundo lugar por trazer junto de si uma espécie de retrato do comportamento do país perante os seus políticos, que nada mais são que um reflexo exacto e preciso daquilo que ele próprio é.
Parece que as avaliações do desempenho dos actores da cena pública são regidas por critérios de ‘moda’ ou ‘onda’ e não por padrões de coerência ou de sensatez.
O país, afinal, é que passou de “sábio” a “tonto”. Ou melhor, será que alguma vez terá sido verdadeiramente sábio?
João Teago Figueiredo