terça-feira, maio 31, 2005

Smokers, begone!

O Insurgente alerta, uma vez mais, para a questão do Estado-Moralista-Chulo. Deixo o link e calo-me. É que está tudo demonstrado.
João Campos

Cenas da vida provada*

Consta por aí que o Governo anda com ganas de colocar as declarações de impostos de contribuintes individuais e colectivos em alojamento próprio, gratuito e de livre acesso na Internet. A ideia que subjaz a esta pretensa medida será fazer com que o povo se auto-policie - ou seja, que o senhor que mora no 2º Esquerdo veja, no conforto do lar, se a declaração de impostos do vizinho do 5º Direito corresponde com o nível de vida que possiblita o colégio em que estudam os seus filhos e o Mercedes que tem na garagem.
Ou seja: a ideia é que todos sejamos um Andrade Sousa ou um Vicente Corvo, sempre prontos a denunciar ao Moloch** o nosso vizinho que não paga os impostos a tempo e horas. Boa intenção. Mas de boas intenções está o Inferno cheio. Passo a explicar porquê:
- Enquanto cidadão pagador dos seus impostos a tempo e horas, o senhor do 5º Direito não tem de expor on-line quanto recebe e quanto desse valor que recebe paga (sacrifica) ao Estado;
- Enquanto cidadão que foge aos impostos quando pode, que moral terá o senhor do 2º Esquerdo para sequer ir coscuvilhar as contas do vizinho na Internet?
- É ao Estado que compete combater a evasão fiscal. Levante o sigilo bancário, analise as declarações de impostos, inquira 'pessoalmente' as empresas para saber quanto pagam e tudo mais. Mas mantenha tudo na privacidade. Como? Não sei. Mas ele que se arranje. Ou, como se diz na minha terra: desemerde-se.
- Tornar os cidadãos (?) portugueses em bufos apenas contribuirá para uma fiscalização hipócrita e para a democratização da inveja. É a derradeira liberalização daquela conversa típica de aldeia (agora suportada por dados estatísticos oficiais): "Sabes que a Filomena e o Alberto ganham juntos mais de seis mil euros? Pois, assim também eu me vestia assim e tinha aquele carro" (etc.). No fundo, é a coscuvilhice cientificamente fundamentada.
Não sou, nem nunca fui, adepto da filosofia do "paga o justo pelo pecador". Os (raros) cidadãos portugueses que cumprem com as suas (exorbitantes) obrigações fiscais a tempo e horas não têm que expor coisa nenhuma para todos cuscarem. Já agora, por que não publicar on-line os extractos bancários e as despesas efectuadas com os cartões multibanco e de crédito?
E não, Azurara: Os extremismos não estão hoje afastados. Estão mascarados, o que será diferente. Enuncio Orwell não como futurologia mas como alegoria. E recordo que este governo já falou (mas entretanto calou-se) em bases de dados genéticas para fins criminais e quejandos. A questão, para mim, é a seguinte: não estou disposto a abdicar da minha privacidade em nome de uma lei que cumpro. Nesse contexto, a Noruega, a Suécia ou a Inglaterra parecem-me óptimos países para fazer carreira.
João Campos
*a quem restar dúvidas, o trocadilho é intencional.
**não resisto a recorrer ao fantástico termo que Joana do Semiramis utilizou. Mais informações sobre Moloch aqui.

Senhor Presidente da República Portuguesa,

sabe onde pode enfiar o patriotismo? Sabe?

João Campos

segunda-feira, maio 30, 2005

Rescaldo de um fim de semana de loucura.

Patrocinado por Mebocaína Forte e Ben-U-Ron.

João Campos

Inesquecível

Isto é infinitamente melhor do que ver o Benfica ser campeão - e é um benfiquista quem o diz. Chris Cornell, actual vocalista dos Audioslave, sozinho em palco, empunhando uma guitarra e tocando e cantando a solo o hino dos seus Soundgarden, Black Hole Sun.
João Campos

É Justo:

Os benfiquistas, bem ou mal, ficam felizes por verem o Benfica a ganhar o campeonato. Os sportinguistas, por seu turno, ficam felizes por ver o Vitória de Setúbal ganhar a taça... ao Benfica.
Estão a ver? Dá para todos!
João Campos

domingo, maio 29, 2005

Ergam Hamlet.

Erguer Hamlet é, com certeza, o maior desafio para qualquer criador cénico. No caso de Um Hamlet a mais a própria dramaturgia de Shakespeare vive por si e afirma-se autónoma da sua encenação. Criando a partir desta forma de abordar o texto dramático, o encenador Ricardo Pais tinha já construído Noite de Reis, deste mesmo Shakespeare, e em 2002 Hamlet.
Tendo como suporte de criação cénica um exercício que empresta uma espantosa flexibilidade e condensação às palavras de Shakespeare feito por António M. Feijó, o encenador constrói o espaço físico onde se deixa que a tradução respire e ela própria se incorpore naturalmente na voz e nos gestos de Hamlet. Podemos, assim, confirmar os modos de construção cénica, que procuram, com liberdade narrativa, uma visão multifacetada do que se vê e ouve no palco. Faz-se aqui uso de variada tecnologia, como que vestindo a nudez do actor no espaço vazio, potenciando o imaginário de universos paralelos ao próprio texto, corporizando, também, essa construção, parte da própria encenação.
A partir da metáfora da sala de treino de esgrima, é-nos ilustrado um conjunto de situações de diversos conteúdos, entrando-nos pelos olhos dentro a lucidez demente da personagem, plenamente corporizada pelo intérprete. Para se poder partir para uma construção dramatúrgica desta dimensão é necessária a convicção plena de ter um intérprete capaz de materializar em palco o complexo universo mental de Hamlet, e tudo isso só é possível tendo o talento de um actor como João Reis ao serviço dessa mesma construção.
Toda esta sugestão que a própria encenação nos traz é sublinhada pela música sublime de Vítor Rua, a condução que os vídeos de Fábio Iaquone exercem sobre o receptor do espectáculo e a admirável interpretação dos actores Luísa Cruz, António Durães, Pedro Almendra, Nicolau Pais e Hugo Torres que são os ocupantes das quatro paredes que Hamlet constrói à sua volta.
Talvez possa ser uma avaliação parcial, por conhecer o encenador e o seu trabalho como director do Teatro Nacional de S. João, contudo julgo que este Um Hamlet a mais é a melhor criação teatral em português que alguma vez tenha visto.
Obrigado Ricardo por isso.
João Teago Figueiredo

sábado, maio 28, 2005

Super Bock Super Rock (II)

Acabam as dúvidas de que os Blasted Mechanism são a melhor banda portuguesa ao vivo. E o segundo lugar vai para os Primitive Reason.

João Campos

Quem tem unhas toca guitarra

Carlos: sei que os Queen foram uma das maiores bandas de sempre, e que o seu guitarrista, cujo nome não me lembro, é um dos melhores que já existiram. No entanto, não sou adepto de anacronismos, e por isso incluo-o na galeria onde figuram grandes guitarristas como Santana, Eric Clapton ou Mark Knopfler - ainda mexem, ainda brilham, mas tiveram o seu tempo. Os tempos já são outros. E, depois de o ver tocar ao vivo, não restam dúvidas: o prémio tem de ir para Daron Malakian, guitarrista dos System of a Down.

João Campos

Festival Super Bock Super Rock (I)

Não sei quem foi que disse que os System of a Down não eram grande coisa ao vivo. Mas sei que disse disparate. Conseguiram - o que não era nada fácil - serem melhores que os fantásticos Muse no ano passado.
"the toxicity of our city, of our city..!"
João Campos

sexta-feira, maio 27, 2005

O medo de Existir.

Por mais que tentemos pensar de outra forma, a maneira como os cidadãos deste imberbe país reage à introdução de medidas imprescindíveis para que os seus netos tenham ar para respirar, faz-nos dissipar qualquer pitada de esperança que possamos ainda ter no futuro.
Um dos mais recentes fenómenos editoriais é o livro do filósofo luso José Gil. Um reputado jornal francês coloca José Gil como um dos 25 pensadores mais influentes da europa. É uma lista particularmente credível uma vez que Luís Delgado aparece na posição 654.323.457.893 (diz RAP). Portugal Hoje - o medo de existir, é este o título da obra em causa, para além de ser a prova de que dissertações mais elaboradas do que os livros de Margarida R. Pinto têm público é, também, um estimulante ensaio sobre o que é afinal isso a que chamamos Portugal e para onde caminha.
Talvez valha a pena pensarmos que caminho toma este país quando todos os dias as televisões transformam os seus noticiários em espelhos de uma 'futebolândia' instalada e plenamente consagrada. Talvez devêssemos pensar por que razão temos um país onde as audiências aos espectáculos teatrais são tão baixas no mesmo momento em que programas como Fiel ou Infiel têm picos de audiências. Talvez pudéssemos parar para reflectir por que razão os portugueses não se interessam pela nossa língua, a pátria do Pessoa, e continuam ignorantemente orgulhosas a pronunciar 'póssamos' em vez de possamos!
Num país onde o nível de produtividade é metade da média da zona euro e se continua a querer ter a mesmo nível de vida de um cidadão Alemão, não me resta outra alternativa senão concluir que caminha para o abismo.
João Teago Figueiredo

quinta-feira, maio 26, 2005

Do Estado-Social ao Estado-Galinha ou O Estado-Chulo

Um interessante artigo no Blasfémias volta a frisar as questões do tabagismo e dos impostos que o Governo de Sócrates, o novo paladino do défice, lhes vai aplicar.
Não me revejo em algumas das palavras, visto ser contra as campanhas anti-tabagistas - pelo menos, nos moldes em que elas são feitas actualmente. Constituem um claro atentado ao livre-arbítrio dos indivívuos. Tal como o aumento dos impostos. PFM bem alerta para este facto: os ditos imperativos de saúde pública são uma tanga. Se o Estado se preocupasse verdadeiramente com a Saúde Pública, procurava resolver todos os problemas estruturais do Sistema Nacional de Saúde, que são muitos. Mas isso implicaria reformas, e, como se sabe, reformas dão muito trabalho.
É mais fácil assim o Estado assumir o papel de mãe-galinha, sempre preocupada com a sua prole, e aumentar os impostos sobre o tabaco - porque fumar faz mal, é um problema de saúde pública. Esquece-se do principal: quem fuma, excepto muito raras excepções, sabe aquilo que está a fazer. Sabe que pode ficar com um hálito terrível, com os pulmões pretos, com o sistema respiratório devastado, com impotência, com as probabilidades de ter um enfarte a aumentar. E, se sabe disso tudo, e continua a fazê-lo, então assume a responsabilidade. Ponto. O dever do Estado será informar, e não interferir.
As campanhas anti-tabagistas servem, no fundo, de máscara. Com elas o Estado torna-se no protector da saúde pública. E essas mesmas campanhas fazem o aumento dos impostos sobre o tabaco parecer natural. Mascaram a realidade: "o imposto sobre o tabaco não é um imposto extra-fiscal, mas sim uma excelente fonte de financiamento público, do Estado(...)". Aqui, sublinhem-se as palavras de João Miranda, num outro post: "Por detrás da filosofia dos impostos sobre o vício, como o imposto sobre o tabaco, está a ideia moralista e paternalista de que o estado deve impor uma determinada orientação à vida privada dos indivíduos". E não deve. Não tem esse direito.
Ou seja: o Estado está-se nas tintas para a saúde pública. Descobriu foi com este estratagema uma forma mais ou menos pacifíca de, mais uma vez, chular alguns cidadãos.
João Campos

quarta-feira, maio 25, 2005

Pela Pátria.

Hoje há uma dúvida existencial que me fervilha por entre os neurónios. É a seguinte:
Já alguém se lembrou de retirar a licença de televisão à TVI?
É precisamente no momento em que alguém se lembrar que passo a acreditar que este país tem futuro. Até lá não passaremos de uma "Quinta das Celebridades" em tamanho gigante...e com mais burros.
João Teago Figueiredo

terça-feira, maio 24, 2005

Da literatura

À medida que me embrenho na exploração e na produção literária, assaltam-me uma série de dúvidas sobre o que é, de facto, produzir (melhor: criar) literatura a sério. Um recente análise a variadas farpas de Eça tem dado que pensar - apesar de, tecnicamente, As Farpas não serem um registo absolutamente literário, mas de crónica. No entanto, fica a questão, como mote: para produzir uma verdadeira obra literária, de qualidade, que será mais importante: o formal, o artifício da construção, ou o conteúdo?

Será condição fundamental a um bom romance uma escrita profundamente racional, com recurso a todos os artifícios verbais e mais alguns, que prime pela sistemática elaboração estilística e formal? E será tudo isto essencial para que se escreva bem? Quando li Os Maias, analisei mais ou menos a fundo este tipo de aspectos, mas em contexto de aula. De análise intencional. Todavia, uma leitura voluntária passa radicalmente ao lado deste ângulo de abordagem, submentendo-se a forma ao conteúdo. Leio Tolkien - o meu mestre literário - sem detectar qualquer lógica na construção sintáctica e estilística. Interrogado sobre estes aspectos, responderei com um humilde silêncio, e isto a propósito do meu escritor preferido. Poderei no entanto narrar, por palavras minhas, toda a história que as palavras contam.
Poderei por isto concluir que é diferente ler do que analisar, conclusão que a todos parecerá mais do que evidente. Mas sendo eu um proto-escritor com uma ideia clara que pretendo mostrar, que devo ter em conta? Qual dos factores que mais pesa? Uma escrita fluída, mas sem construção profundamente racional, que resulta perfeitamente na concepção que o leitor faz do universo que crio? Ou definir a ideia e elaborar até à exaustão o texto, procurando uma pureza de forma que, a certo ponto, perderá de vista a narrativa em si? Leio Tolkien e Eça e, muito sinceramente, não me interessa particularmente a posição das palavras e os jogos sintácticos. Interessa-me que as palavras escolhidas me permitam imaginar aquilo que eles imaginaram. Interessa-me fechar os olhos e visualizar a caminhada dos halflings pela densa Floresta de Fangorn, as paredes brancas de Minas Tirith; ouvir os gritos lancinantes do dragão alado de Nazgûl e os sons guturais de Smeagól. A escrita de Tolkien permite isto tudo e mais, muito mais. Mas não a analisei, nem tenciono tal fazer - apenas sei que resulta.
Conheço o artifício de Eça, e sei que resulta. Mas não sei até que ponto quem lê os seus romances e as suas crónicas com atenção para apreender a mensagem consegue captar a genial subtileza da sua escrita. Mais: não sei se isso é necessário para compreender a mensagem de Eça. E, uma vez que sou aluno, e sê-lo-ei até ao fim dos meus dias, estou disposto a aprender.
João Campos
(Nota: não pretendo de forma alguma comparar Eça a Tolkien - apesar de serem escritores incontornáveis para as línguas portuguesa e inglesa respectivamente, os temas e a forma das suas obras são tão distintos que tornam qualquer comparação inútil e, até, ridícula.)

Novos reflexos

Este é quase um artigo de comunicação interna: em primeiro lugar, para dar as boas vindas ao João, estudante de Economia e colega de bunker vai para dois anos, a este lado do espelho; tem como avatar o irredutível gaulês Astérix. Em segundo lugar, e apenas para mencionar, a minha transformação de astronauta em detective (ainda acabo em carteiro!) e a nova cor que o Miguel ganhou.
João "Tracer Bullet" Campos

segunda-feira, maio 23, 2005

A chama imensa.

É algo de metafísico aquilo que enche o sentimento a que chamo "Ser do Benfica". No meu caso, como em tantos outros milhões, o interesse pelo jogo é uma função a tender para zero e comentários como "Paulo Almeida é grande jogador!" confirmam que sou tão especialista em assuntos técnico-tácticos (expressão plagiada ao mestre Gabriel Alves) como um tal Peseiro. O argumento que mais se ouve dos adeptos dos outros clubes é que o benfica não joga bom futebol. Espero ainda pela definição etimológica de "bom futebol". Estarei enganado ao pensar que o futebol é feito para ganhar?!? Ou será o tal 'bom futebol' o objectivo em vez do golo?!?
Mas nada disso se correlaciona com o vibrar que hoje sinto em ver, depois de tanto tempo, o benfica campeão.
Remetendo para a minha área profissional (a económica) e sabendo que um dos factores que influência o crescimento do PIB é, entre outros, a confiança dos consumidores e a taxa de natalidade, espero ansiosamente pelos próximos dados do Eurostat e ver a nação lusa lutar pelo pódio e deixar de vez a cauda da tabela. Com a saída de Santana Lopes de S. Bento, a ida de Durão Barroso para Bruxelas e o Benfica campeão reunimos todas as condições para sair do buraco...a menos que o 'Sr. Silva' decida candidatar-se às presidenciais e todo este esforço se esfume.

P.S.: Sendo este blogue uma das minhas paragens diárias obrigatórias, queria nesta ocasião agradecer o convite para escrever neste espaço e cumprimentar os restantes companheiros de prosa, aproveitando para elogiar de forma sincera aquilo que aqui vêm escrevendo.

João Teago Figueiredo

domingo, maio 22, 2005

O Benfica é campeão

Agora que o défice desapareceu, é esperar pelo baby boom daqui a nove meses.

João Campos

sábado, maio 21, 2005

Análise de provérbios populares (I)

1. Quem tudo quer, tudo perde.
Há aqui uma pequena confusão: é diferente tudo querer e nada ganhar do que tudo querer e tudo perder. Exemplo aplicado: uma coisa é tudo o que eu quero se resumir à menina Ana e conseguir nada (que é como quem diz levar uma tampa); outra, completamente diferente, é tudo o que quero ser a menina Ana, enquanto estou com a menina Sara... e com a brincadeira, ficar com nenhuma delas.

2. Em cada de ferreiro, espeto de pau.
Ora merda. Queriam o quê? O homem leva o dia em frente à bigorna a malhar o ferro, e queriam que ele fizesse o mesmo em casa? Não sei, mas acho que não queria ter uma namorada que soubesse as notícias todas do dia. Conversávamos sobre o quê? A diferença entre rosa e salmão, ou entre beije e creme?

3. Cão que ladra, não morde.
Até fechar a boca na nossa perna.

4. Quem desdenha quer comprar.
Houve um senhor, com o qual muitos gozam e que poucos levam a sério, que há uns anitos disse o seguinte: [a Racionalização] é um mecanismo de defesa do Ego que visa proteger a nossa auto-estima e evitar complexos de inferioridade mediante argumentos ou justificações que mascaram a verdadeira realidade dos factos. Segundo o mesmo senhor, o Ego reduz a ansiedade interna ao encontrar uma justificação ou explicação aparentemente racional - uma desculpa, no fundo - para algo que nos custa a aceitar. Laugh at will - o que é certo é que, uma vez mais, Freud tinha razão.
João Campos

Top de vendas

No único (creio eu; se houver algum melhor, por favor, alguém me informe) portal de vendas on-line decente que existe no cantinho virtual luso - a homepage da FNAC, a pequena Amazon cá do burgo - temos uma secção de livros muito interessante.

Numa coluna à direita, está o top de vendas. O primeiro lugar vai, evidentemente para Paulo Coelho e o seu Zahir, para regozijo do mulherio. Reflexão avulso: conheço mulheres - raparigas - que me acham weird por eu ler Tolkien, mas cujo expoente máximo da literatura é Paulo Coelho. Therapy, please. Adiante, que o senhor não merece mais reflexão. O segundo lugar vai para Anjos e Demónios, não de Dan Brown, mas sim "do autor do Código Da Vinci"[sic]. Pois. Porque os magotes de iluminados que leram o Código - e as suas descodificações - não conhecem o autor, nem a sua ficção científica. OK, a isto se chama Marketing - se lá estivesse logo o nome de Dan Brown, metade dos seus admiradores não ia lá. Enfim, the show must go on. Terceiro lugar para Sveva Casati Modignani - never heard of, so we move ahead. Quarto lugar para Garcia Marquez e as suas Putas Tristes, o que não surpreende - o quarto lugar e não as putas tristes, entenda-se. Quinto lugar para José Gil, que pôs os portugueses a ler filosofia; ainda não chegou à parte de os fazer ler filosofia, mas já é um começo. E o sexto lugar vai para Amanhã à Mesma Hora : Diário de Uma Stripper Portuguesa, de Leonor Sousa - querem mesmo que comente este, ou já perceberam o meu ponto?
E depois uma amiga inglesa recomenda isto, obra que para a Fnac é mais desconhecida que o fundo de um buraco negro ou o défice da nossa economia, e na Tema - a minha derradeira esperança no que a livrarias concerne! - só está disponível numa tradução espanhola. Anos de leituras anglo-saxónicas para isto. Hoje, estou literariamente frustrado.
Adiante. Vou lá regressar a isto, que se arrisca a ser o melhor livro que já li.
João Campos

Taxi Drivers

Corrida usual, do bunker da Estrela ao terminal ferroviário de Entrecampos. Hora de ponta, mas desta vez temos um dia claro, que a hora crepuscular dos dias de Inverno já lá vão. Diálogo: nulo, excepto quando o taxista perguntou se queria ficar na Avenida da República ou na 5 de Outubro, e quando insultou dois condutores (kamikazes, a.k.a. lisboetas) que atravessaram todas as faixas de rodagem na rotunda do Marquês mesmo à frente do fogareiro. Música: começou com Eagle-Eye Cherry, passou por todos os canais da central, e acabou com os locutores da RFM a anunciar a Borrow, dos extintos Silence 4, que eram quatro e calaram-se mesmo. Graças a Deus, ficámos pelo anúncio da cantiga.
João Campos

Oásis televisivo

A televisão portuguesa tem coisas destas. Normalmente, é uma merda das seis às quatro da manhã, atigindo o pico em horário nobre (e começando a queda ascendente - e aqui está um belo oxímoro, huh? - logo com o telejornal, safando-se, à rasquinha, o telejornal *Telejornal*). Mas, muito escondidos n' A 2:, lá de vez em quando, apanham-se documentários sobre Einstein e a sua e=mc2, e um programa leve, descontraído e bem humorado, que dá pelo nome de A Revolta dos Pastéis de Nata.
Boa forma de rir quando o comboio da CP chega atrasado.
João Campos

sexta-feira, maio 20, 2005

Get ready for a movieing experience

Agradeçendo ao amigo Azurara, uma vez mais, as palavras simpáticas e o facto de sempre se lembrar de alguém que pessoalmente não conhece - maravilhas da Internet, suprema extensão dos sentidos -, aqui fica o meu contributo para a nova corrente da blogosfera, desta vez cinematográfica:
1. Qual o último filme que viste no cinema?
"Constantine", inspirado na banda desenhada HellBlazer. Filme típico de Hollywood, mas que me disse mais, muito mais do que alguma vez imaginei - espero que daqui a alguns anos todos compreendam porquê.

2. Qual a tua sessão preferida?
Acho as dez da noite uma excelente hora.

3. Qual o primeiro filme que te fascinou?
"Jurassic Park", porque era um puto e tinha a pancada dos dinossauros.

4. Para que filme gostarias de te ver transportado(a)?
"Matrix" ou "O Senhor dos Anéis" - os filmes que mais me disseram até hoje, e que ajudaram a construir as minhas múltiplas realidades.

5. E já agora, qual a personagem de filme que terias gostado de conhecer um dia?
Na mesma linha, "Aragorn" e "Morpheus". E, por todos os motivos óbvios, a personagem "Sway", de Gone in Sixty Seconds.

6. E que actor(actriz)/realizador(a)/argumentista/produtor(a) gostarias de convidar para jantar?
Actriz: Angelina Jolie. Actor: Kevin Spacey. Realizador: não um mas dois: os manos Wachowsky.

7. A quem vou passar isto?
Agradeço ao Azurara, mais uma vez, a corrente. Passo à Moon Priestess, mais uma vez. Aos meus camaradas de blog. E, desta vez, e apesar de me não ler neste mundinho (que eu saiba), à sweet_helly. Meninos e meninas, fico à espera.
João Campos
(P.S.: Ao Azurara, rápidas melhoras.)

quarta-feira, maio 18, 2005

WOK descodificado

Os sportinguistas que me não levem a mal pelo wok. Eu até gostava que tivessem ganho, palavra. Apenas disse que não mais escreveria nada sério sobre futebol neste espaço.
João Campos

WOK!

wok wok wok wok wok WOROK!
João Campos

terça-feira, maio 17, 2005

Guerra ao défice

Afinal parece que o défice, a grande obsessão primeiro de Manuela Ferreira Leite, e depois de Bagão Félix, começou também a fazer parte do vocabulário dos socialistas que presentemente ocupam o poleiro lusitano. Já a promessa de SCUTs sem portagens parece a Sócrates um passo maior que as pernas (uma palavra maior que a língua), facto que, muito sinceramente, aguardo com expectativa.
De qualquer maneira, e porque, como bom português (ir)responsável, o défice e as nossas contas públicas me preocupam, aqui ficam as minhas propostas para conseguirmos receitas extraordinárias de forma simples, legal, e, até, bastante útil:
i) Trocar a frota de Mercedes, BMWs Audis do Governo por Renaults 5 de cores variadas, conforme a pasta do ministro (piada baixa: o de Sócrates seria cor-de-rosa...). Aos acessores seria dada uma Zundapp com o respectivo capacete-formato-penico. Quanto ao Presidente da República, poderia optar por um Carocha dos antigos. Motoristas seriam dispensados; a segurança, feita por mancebos de infantaria (todos envergando os novos coletes reflectores). Aos deputados da Assembleia seriam dados módulos Carris para os autocarros 6, 49 e 100, que passam mesmo em S. Bento;
ii) Nas célebres Farpas, Eça e Ramalho sugeriam, da forma mordaz que os caracterizava, a venda das colónias. Pois é, soubessem os portugueses no que ia dar e Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné tinham sido vendidas antes da Primeira Guerra Mundial. Como assim não aconteceu, o décimo-sétimo Governo poderia vender a Madeira, Lloret de Mar e Salou (nas férias de Páscoa são território português), alguns bairros suburbanos da capital e toda a zona do Martim Moniz à Praça do Chile. Lisboa ficaria mais segura e os cofres de Estado, mais recheados;
iii) Dissolver o exército português (excepto os mancebos da guarda dos Chefes de Estado), e vender todo o seu material de guerra a alguma nação africana com ganas de fazer um pequeno genocídio numa nação vizinha. À Inglaterra iríamos buscar um novo Beresford, assim como soldados britânicos para guardarem a ocidental praia lusitana. Como pagamento aos britânicos, ofereceríamos o Algarve;
iv) Com a ilha de S. Jorge já alugada aos americanos (Lages), as restantes ilhas seriam alugadas a outras nações que nelas quisessem possuir uma base militar. Assim, a Terceira seria alugada à China, S. Miguel à Rússia, Corvo ao Reino Unido, Faial à França, Flores à Alemanha, Santa Maria à Índia, e o Pico à Arábia Saudita. Os restantes ilhéus seriam leiloados.
Mais soluções inteligentes podem ser deixadas na caixa de comentários.
João Campos

Educação Sexual ou Subtitua a História e o Português pela Arte da Queca: Como foder sem preconceito

O título é meu, mas o artigo é de António Torres, desconhecido até há minutos mas cuja prosa será doravante seguida com atenção. Como sempre, Portugal é paradigma daquilo que não se deve fazer.
João Campos

terça-feira, maio 10, 2005

the darkside

Não é a sociedade a primeira instância a dividir os indivíduos entre bons e maus. Talvez ela até nem os divida, apenas os agrupe. A primeira forma de maniqueísmo surge bem dentro de nós. Entre o nosso brightside e o nosso darkside.
João Campos

O meu prego

E ainda a propósito da enorme discussão n'A Blasfémia: já alguém pensou que Hitler e Stálin eram, acima de tudo, puramente humanos?
João Campos

Esquerda (in)tolerante

Perante a decisão de Jorge Sampaio, a esquerda não hesita: que se aprove a lei do aborto na Assembleia, sem referendo nem barulho no povo. Organiza-se uma tertúlia bem regada ali no estaminé de S. Bento e voilà, é a intrerrupção voluntária da gravidez fucking free for all.
A diferença de posições entre a esquerda e a direita nesta matéria explica e comprova o título deste post. Para a direita (mais ou menos em geral, se bem que no caso português se possa discutir a existência de uma direita *direita*), a lei actual é suficiente: salvaguardam-se os casos de violação, de má formação do feto, de perigo para a saúde da mãe. Ponto. Quanto aos restantes casos, existem à venda no mercado preservativos, pílulas contraceptivas e do dia seguinte, entre outros métodos para prevenir uma gravidez indesejada (ok, acidentes acontecem, mas não entremos por aí). Já para a esquerda, a situação é inconcebível: o aborto tem, não só de ser despenalizado, mas também legalizado, para que qualquer adolescente irresponsável que goste de molho possa usar e abusar, desde que tenha dinheiro (em rigor, desde que os papás tenham dinheiro) para mandar o feto pela pia. Porque é um direito da mulher, etc.
Se falamos em direitos, falamos em deveres e em responsabilidades, mas já se sabe que estes conceitos são para a esquerda o que uma cruz é para o diabo. E creio ser da responsabilidade da mulher (ou da rapariga) e do seu parceiro o facto de se engravidar. O Espírito Santo já não faz das dele há mais de dois mil anos, e, ao contrário do que algumas leitoras da Maria pensam, nem sonhos eróticos nem sexo oral engravidam. Logo, e uma vez que sabem que ter relações sexuais sem contraceptivos é estar a jogar à roleta, quando optam por o fazer assumem as responsabilidades.
A questão é que a esquerda não assume responsabilidades. E depois aponta o dedo à direita e acusa-a de intolerante. Mas a pergunta mantém-se: onde está a sua tão aclamada tolerância?
João Campos

segunda-feira, maio 09, 2005

Ainda na mesma polémica:

No tal artigo de João Miranda, um senhor de nome J.V., autor de parte significativa dos mimos citados no post anterior, afirma o seguinte:
Os nazis foram (e são) o paradigma de tudo o que a humanidade deve repugnar.
Não é que não concorde. Seria estúpido se não o admitisse. O regime nazi, em tudo aquilo que o caracteriza, é repugnante, assassino (mais - genocida). Bom, para mim é, acima de tudo, humano (eis o prego da minha crucificação, se este blog fosse mais lido), mas isso são considerações para uma longa prosa um dia destes. O meu ponto de hoje é o seguinte: e que é o regime soviético, que para se implantar promoveu uma guerra fratricida e sanguinária, que recorreu a purgas para afastar opositores, que não sei importou com os soldados que morriam nas frentes de combate, e tanto mais que um historiador sério explicará melhor do que eu? Não sei porquê, mas tenho um daqueles palpites que os soviéticos assassinaram bem mais que os nazis. A diferença é que Auschwitz foi filmada, e os gulags da Sibéria não. E, claro, que a esquerda é liberal e simpática, e a direita é totalitária e sanguinária.
Continuo a não compreender onde é a esquerda tolerante. Há por aí alguém que me explique?
João Campos

Relativismo tolerante ou tolerância relativa?

O que vou dizer, devido à minha jovem idade e manifesta ignorância no que à política (e à economia) concerne, provavelmente será uma enormidade. Mas um ano e meio de blogosfera mostram coisas demasiado... enfim falta-me o adjectivo. Adiante. Quando digo que em questão de ideais políticos estou mais à direita que à esquerda, há quem se benza três vezes e faça o sinal da cruz a olhar para o céu. Como é possível, um jovem culto e esclarecido (as palavras não são minhas) ser fascista?
Não sei se João Miranda é de direita (apesar de suspeitar). Apenas sei que é liberal, e esse é um dos motivos pelos quais é o prosador político que mais gosto de ler na blogosfera. Gosto das ideias e da forma como são expostas. E os seus artigos, com os respectivos comentários, dão para perceber o que distingue a direita e a esquerda. Não é a oferta ou a procura, o económico ou o social. É a tolerância. Ou o julgar-se tolerante.
Escreve João Miranda, com o título O contributo dos soldados nazis para a democracia:
Não esquecer que os soldados nazis também ajudaram as democracias ocidentais ao retardarem o Exército Vermelho. Se eles não tivessem resistido na frente leste durante os meses que se seguiram ao dia D, teriam sido implantadas ditaduras comunistas de Lisboa a Vladivostok.
Prosa curta, clara, sem manifestação de ideal ou de sentimento - apenas, no meu entender, uma visão sobre um facto, sobre um acontecimento. Sem considerar ideais da época, motivações e outras pulsões conscientes ou inconscientes. E tais palavras geram, entre outros, estes mimos:
É notável a imbecilidade do cavalheiro!
Pior que imbecil!... Um autêntico idiota...Não é possível a imoralidade do post! (imoralidade? quem nunca pecou...)
(...) É uma frase de antologia, apenas digna de quem continua com o cérebro com ligação directa ao intestino grosso!...E que mais eles retardaram eles seu idiota?
É por tiradas deste género que os liberais são tratados como idiotas. (...)
Tenham juízo!
(...) Mas esse não sabe a História como o sabe o João Miranda, uma coisa assim a dar para a estupidez. (...)
(...) A sua frase é tão mais imbecil ou idiota, dado que os Nazis foram "apenas" o início de tudo! (...)
(...) Com essa cabeça conspurcada imagina-se o mau hálito que dela emana.O cavalheiro J. Miranda nem é um imbecil, já nem sequer idiota, é um ser nojento repugnante que causa repulsa a cada frase que profere, pior ainda que o seu hálito já por si, asqueroso!
(...) Uma coisa é o modo pragmático e racional de interpretar os aconteciementos, outra bem difrente é o modo imbecil e desleixado....
Simplesmente patético. (...)
Adiante, que a lista continua, e já abusei em termos de espaço. Talvez seja exagero meu colocar estes iluminados senhores à Esquerda. É uma dedução, sem consequência nem preocupação de estar certa ou errada. Não pretendo defender uma tese. Apenas exemplificar que já não se sabe discutir, no bom sentido da palavra. Para quê pensar e argumentar logicamente, quando insultar é muito mais fácil e enche o ego na hora? Nisto a esquerda é pródiga, e a blogosfera está repleta de exemplos. Pergunta: onde está a sua tão aclamada tolerância?
João Campos

quinta-feira, maio 05, 2005

Erro genético

Conheço inúmeros portugueses felizes com a derrota de José Mourinho na Liga dos Campeões. O argumento mais recorrente evoca a sua arrogância natural, que faz com que não se goste dele. Pronto, o homem é um convencido, tem a mania que é bom. Não conhece a humildade. Tem a mania de que é bom. Por isso, não presta. Logo, é bom que se lixe sempre que puder.
Já fui adepto desta retórica. Mas cresci um bocadinho, e à medida que fui vendo o percurso de Mourinho, lendo as suas declarações, fui percebendo a sua personalidade. E vi um novo Mourinho. Não arrogante, mas ambicioso. Mais: ambicoso com moral para o ser. Não é humilde, é verdade. E tem de o ser? Ele é bom - arrisco, o melhor- naquilo que faz e tem consciência disso. Para quê falsa modéstia?
Geneticamente, Mourinho não pode ser português. É um erro, um lapso da Natureza, mais raro do que um trevo de quatro folhas. Porque o português típico é mesquinho, não tem ambição, é dono de superioridade moral sem ter feito nada para a conquistar, dando-se ao luxo de falar sobre aquilo que quiser como se fosse o dono da razão e da sabedoria. Não tem ambição, não quer ter e tem raiva de quem a tem. No íntimo, julga-se o maior, mas menospreza-se hipocritamente apenas para ouvir os outros lhe darem valor. Pensa baixo, o mais baixo possível. Conquistar o que quer que seja dá demasiado trabalho - melhor é ficar à sombra da bananeira (ou do eucalipto) à espera que tudo caia do céu. E Mourinho é o oposto de tudo isto.
João Campos

Wanna have some casual sex?

No Fora do Mundo: a diferença entre compromisso e casualidade. Genial (Pedro Mexia está inspirado hoje).
João Campos

quarta-feira, maio 04, 2005

Salvem as cheerleaders, já!

O Fora do Mundo alerta. O link é este. Em Dallas,no Texas (surprise, surprise), parece que alguns legisladoresquerem acabar com as cheerleaders, com o argumento de que as suas performances em eventos escolares e desportivos é sexual, e não muito diferente daquelas que podem ser vistas em qualquer clube nocturno.
Não é que não concorde com o argumento (se bem que não me oponha às cheerleaders, bem pelo contrário :) ). A pergunta que me fica é como diabo tão puros e virtuosos senhores têm conhecimento de que práticas similares ao cheerleading têm lugar em clubes nocturnos, autênticos antros de pecado e luxúria..?
João Campos (agora a repensar a hipótese de um dia viver nos Estados Unidos)

terça-feira, maio 03, 2005

E o céu é azul, não é?

Hoje sinto-me realizado. Aprendi imenso. Já sei qual a tonalidade que corresponde a salmão. E subitamente o mundo ganhou mais cor ante os meus olhos.
João Campos

segunda-feira, maio 02, 2005

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Durante algumas semanas, não escreverei com assiduidade. A época de exames está muito perto. Os senhores leitores terão de me perdoar.

Miguel Moura Santos

1º de Maio

Se no primeiro de Maio se celebra o dia do trabalhador, porque é feriado e não se trabalha? Um pouco incoerente, não? Se o dia da Mãe celebra as mães por aquilo que elas são - mães -, então que o 1 de Maio celebre os trabalhadores por aquilo que eles são - trabalhadores (conceito muito discutível em Portugal).
Por isso, trabalhem!
João Campos