sexta-feira, setembro 30, 2005
quinta-feira, setembro 29, 2005
Espécie em vias de extinção
quarta-feira, setembro 28, 2005
João Campos (aqui a armar-me em relações públicas)
João Campos
Um paradoxo de desenvolvimento
terça-feira, setembro 27, 2005
Tatatataratata
segunda-feira, setembro 26, 2005
Understanding the ununderstandable
A Patrícia foi minha professora de educação física durante 2 anos, no secundário (bom, na prática terão sido 3, porque, apesar de ter mudado de turma no último ano, à força de ter optado – como mais meia dúzia de colegas apenas – pela renegada da Filosofia, o jeito para a bola garantia-me sempre um lugarzinho entre a rapaziada da turma de Artes, à qual a Patrícia dava aulas à mesma hora). Pratica surf há mais de vinte anos (desde os dezoito), é campeã nacional da modalidade há mais de dez. Também corre o circuito mundial (ou corria, na altura; não sei se entretanto parou), e por isso, quando chegava Dezembro, já todos sabíamos que íamos ser dispensados das aulas de educação física por duas semanas. A Patrícia chegava e dizia: “Não vou poder dar aula nas próximas semanas porque vou estar em competição. Parto amanhã para o Hawai”. A maioria da turma (sobretudo raparigas) recebia a notícia com alegria. Eu, nem por isso. Sempre gostei de desporto e, acima de tudo, agradava-me a sua presença bem-disposta e animada.
Patrícia ter-se-á iniciado no surf em meados da década de oitenta pela mão do irmão mais velho, Gonçalo Lopes, quando o surf em Portugal ainda era uma raridade. Melhor, quando o surf em Portugal ainda era visto como uma perda de tempo, os surfistas como rebeldes, desafiadores da sociedade, uma cambada de inadaptados, de insubordinados que se recusavam a corresponder às expectativas dos pais, como concentrar todas as energias num curso superior, por exemplo. Mulheres no mar, nessa altura, só a Teresa Ayala em Peniche e a Teresa Abraços na linha. A elas juntou-se a Patrícia na luta pela conquista de espaço numa área (mais uma) dominada maioritariamente, arrogantemente, pelo género masculino.
Fui dar com ela na praia este fim-de-semana, a dar uma aula de surf a um rapaz de 15/16 anos. Já não via a Patrícia em Carcavelos desde o dia em que houve campeonato lá na praia, a contar para o ranking nacional (terá sido quando? Outubro de 2002?). Nesse dia, tenho a certeza de ter assistido a um verdadeiro espectáculo da Natureza, de demonstração da coragem humana, nomeadamente feminina. Lembro-me de que o mar estava enorme (aliás, nunca mais voltei a ver Carcavelos tão grande), a fazer buraco (típico...) e com uma rapidez impressionante (é, afinal, de uma das ondas mais rápidas e cavadas do país que vos falo). Falhar o drop ou a manobra equivalia a apanhar uma valente “coça”, a ser arrastado/a até à areia, debaixo de àgua, aos trambolhões, sem poder respirar durante tempo suficiente para fazer qualquer pessoa passar um mau bocado e ponderar devidamente a sua entrada. Patrícia não pensou duas vezes: vestiu o fato e entrou. Dentro de água, só pude contar os prós em competição e mais meia dúzia de destemidos. E a Patrícia, claro.
Vi-a este fim-de-semana na praia, dizia eu, a dar uma aula de surf. Estava pequeno: meio-metro (talvez nem isso). Patrícia ficou no inside a dar a aula enquanto eu boiava lá fora, à espera de uma ondinha que valesse a pena. A dada altura, virou-se para nós (eu estava com o L.) e disse, fazendo sinal para a esquerda: “Para ali! Remem para ali!”. Assim fizemos. “Mais, Susana, rema para fora!”. Assim fiz. E bastou o tempo que levei a posicionar-me no line-up para entrar o set. Ondas boas (melhores), grandes em comparação com o que tinha estado a entrar ao longo da tarde. Com três braçadas enfiei-me na primeira do set, drop rápido, sem esforço, cortei a onda até à areia. No final, um sorriso do tamanho do mundo. Valeu-me a sorte de ter apanhado a onda do dia. E a dica da Patrícia, claro.
Tudo isto só para dizer que não há quem eu respeite mais do que quem percebe o incompreensível. E é por isso que respeito os surfistas (os que o são verdadeiramente) acima de quaisquer outras pessoas. Porque de Teorias da Comunicação e do Jornalismo até eu consigo perceber, com algum estudo. De física quântica também, suponho, com estudo árduo. Agora o mar... Sobre ele nada vem escrito nos livros.
sábado, setembro 24, 2005
quinta-feira, setembro 22, 2005
Educação II
quarta-feira, setembro 21, 2005
'Aaaaaiiii, kórror !'
A propósito do texto 'Educação' ( eu bem disse que voltaria à carga, porque o assunto dá pano para muuuuuuuuitas mangas ) gostaria de perguntar aos meus combloguistas que opinião têm acerca sobre a geração dos V. pais, aquela que nasceu na segunda metade da década de 50 e que tinha entre quinze e vinte anos, em 1974. Generalizou-se a ideia de que 'há muitos pais que se demitiram da educação dos filhos'. Não devia acontecer, mas, então, porque é que acontece ? Com a devida permissão, venham as V. opiniões ! Cheers !
terça-feira, setembro 20, 2005
D. Sebastião
João Teago Figueiredo
P.S.: Aproveito esta oportunidade para pedir desculpa por há muito não escrever neste espaço e, de igual modo, saudar a entrada de mais dois companheiros de escrita não só mas também pelo facto de agora podermos contar com a opinião feminina neste espaço.
Pérolas da Emissora Católica*
segunda-feira, setembro 19, 2005
domingo, setembro 18, 2005
To Sir with love
Ainda sobre o duelo Carmona vs Carrilho
Educação
sábado, setembro 17, 2005
Ó tempo, volta para trás...
5 possíveis coisas que passam pela cabeça das pessoas que, todos os dias, se posicionam à beira-mar, hirtas, de braços cruzados, a ver-me skimar
1. O que é que leva esta gente a lançar-se sobre uma pequena prancha de madeira contra as ondas, sobretudo quando elas estão como estão hoje (grandes, a quebrar violentamente sobre a areia), e quando as probabilidades de falharem a manobra e de caírem e de se esfolarem na areia e de serem enrolados durante largos segundos (sem poderem respirar) são consideráveis? Torna-se evidente: a juventude está perdida. (Jovens, o Norte fica p'rá'li!).
2. Ela é mesmo loira, ou é dos quilos de areia molhada que traz na cabeça (já para não falar no resto do corpo)?
3. A parte de cima do bikini já se desviou uma vez. Pode ser que se desvie outra. Ficamos para ver (e para gozar depois).
4. O que farei logo à noite p’ró jantar: bife grelhado ou peixe frito?
5. Apesar de tudo é Verão.
To be or not to be continued.
sexta-feira, setembro 16, 2005
«Como a poesia ou o amor»
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O’neill
A interpretação de Mariza é magnífica.
Susana
Figuras de Estilo I
Vivam também, já agora, os políticos portugueses!
MMC: Tenha vergonha! Tenha vergonha!
ACR: Blá blá blá (qualquer coisa que Carrilho não deixa perceber).
MMC: Tenha vergonha! Tenha vergonha!
ACR (esticando a mão para se despedir de Carrilho): Bom, doutor!...
MMC (sorrindo apenas e seguindo em frente): ...
ACR (para o jornalista que conduziu o debate, manifestamente admirado): Então, ele nem me cumprimenta!...
MMC (sorrindo e seguindo em frente, em frente!): ...
ACR: ORDINÁRIO!
Cheguei a julgar, por momentos, que se tratava de um sketch do Gato Fedorento. Com personagens extraordinariamente próximas do real, claro!
quarta-feira, setembro 14, 2005
Vivó Benfica ! Viva Eusébio ! Viva a Selecção de 66 !
Benfica, Benfica, ó Glória sem par/ Se perdes, Benfica/ Nem quero jantar !/ Benfica do meu coração !/ Porque o Benfica é que é o clube campeão ! Tum ! Tum !'
( antigo hino do Gloriosíssimo. Mesmo que perca, mesmo que jogue mal, mesmo que ande de borda debaixo de água, Benfica é sempre Benfica ! )
terça-feira, setembro 13, 2005
The Holy Grail
"O Lord, bless this thy hand grenade that with it thou mayest blow thine enemies to tiny bits, in thy mercy!
And the Lord spake, saying, "First shalt thou take out the Holy Pin. Then shalt thou count to three, no more, no less. Three shalt be the number thou shalt count and the number of the counting shalt be three. Four shalt thou not count, neither count to two except that thou then proceed to three. Five is right out."
Once the number three, being the third number be reached, then lobbest thou thy Holy Hand Grenade of Antioch towards thy foe, who, being naughty in my sight, shall snuff it."
"Amen.""
Ámen
yeah, right, you tell me about it...
Samuelson e Nordhaus, Economia
Sure thing. Isto explica porque é a... nem vou dizer a vez que vou a exame disto. Obrigado, Samuelson e Nordhaus! Finalmente, já compreendi!
João Campos
segunda-feira, setembro 12, 2005
Efeito borboleta
O coitado do bom-senso
Eu já não me espanto. Se não é a tradição é a religião, se não é a religião é a burocracia, se não é a burocracia é simplesmente a ignorância. É tudo a intrometer-se no caminho do bom-senso, tudo a deitar-se ao comprido na estrada para que ele tropece, coitado!
quinta-feira, setembro 08, 2005
quarta-feira, setembro 07, 2005
Santa Maria versão aérea
terça-feira, setembro 06, 2005
Small is beautiful
também os deuses terão morrido»
Susana Alves
Acordo com um telefonema do L., saiu da cama num salto. Diz-me que “o Guincho está a bombar metro e meio”, esfrego as mãos de contente. Ligo-me no beachcam.pt, procuro pelas condições do mar em Carcavelos. Contemplo as imagens captadas pela câmara, experimento o sabor amargo da desilusão: flat, sem condições para o surf.
Não é preciso recuar muito no tempo para nos lembrarmos da Praia de Carcavelos com ondas de (pelo menos) meio-metro em dias de metro e meio no Guincho. Hoje, o cenário é outro bem diferente: mar grande no Guincho*, flatada desesperante em Carcavelos, com muita barriguinha de emigrante retornado ao léu.
Tento perceber as razões, o L. arrisca uma explicação: a areia que foi acrescentada à praia, no âmbito do projecto de requalificação das praias da Linha do Estoril levado a cabo pela Câmara Munincipal de Cascais, foi absorvida pelo mar e alterou os fundos, afectando inevitavelmente a onda. Na altura, chegou mesmo a ponderar-se a construção de dois molhes, nos extremos Este e Oeste da praia, por forma a "roubar" areia ao mar, o que teria destruído por completo a onda. A praia está a encolher, é certo, mas a manutenção de uma onda deveria ser um dos primeiros factores a ter em conta quando se fala de requalificação de uma praia.
O surf em Portugal, apesar de não ter ainda a penetração social verificada noutros países, há muito deixou de ser uma coisa de miúdos. Há surfistas em praticamente todos os sectores e escalões da nossa sociedade e cada vez mais o surf desempenha uma função social no salvamento de pessoas, na ocupação de forma saudável e natural do tempo livre por parte dos jovens, na possibilidade de interacção não destrutiva com a natureza. Para além disso, a conjugação de factores naturais para a formação de um prime surf spot é de uma tal raridade que torna a sua destruição num acto quase criminoso. É por isso que áreas de surf devem ser consideradas zonas de protecção ambiental tão importantes quanto florestas, cascatas, rios, montanhas ou espécies vegetais ou animais. As ondas de qualidade devem ser preservadas e protegidas como qualquer um dos muitos tesouros que a natureza criou e que a acção inexorável do homem ameaça de extinção. Carcavelos foi, apesar de tudo, um caso de sucesso, já que, quando os surfistas foram capazes de demonstrar que o surf seria afectado, a Câmara alterou a obra para que as ondas se mantivessem. Mas Lugar de Baixo e Jardim do Mar foram já vítimas da inqualificável falta de visão dos governantes locais.
Custa a crer que se consiga conceber o desenvolvimento numa perspectiva de destruição do que a natureza levou milhões de anos a formar e o homem leva somente alguns meses a destruir. O que foi feito na Madeira é criminoso sob todos os pontos de vista: paisagístico, ambiental, turístico e desportivo. Se se preocupassem antes em rentabilizar as condições naturais já existentes, os benefícios a longo prazo para a economia, a sociedade e a estética das praias seriam muito maiores.
Já no início do séc. XX, os teóricos da Escola de Chicago, nos E.U.A, defendiam um desenvolvimento em pequena escala, sob o lema “Small is beautiful”. Conscientes das consequências catastróficas do rápido desenvolvimento económico e industrial europeu, advogavam para as suas comunidades um desenvolvimento controlado e equilibrado. Seria de certo desejável que os nossos governantes adoptassem esse lema, segundo o qual tudo deve ser feito com equilíbrio, ou, utilizando uma palavra mais actual, com sustentabilidade. Todos temos a lucrar com o equilíbrio. À expecção, talvez, daqueles que encontram na destruição da natureza a sua fonte de riqueza e o alimento para os seus pobres espíritos.
* - A onda é medida por trás.
Fw: ou "watch your tongue, lad"
segunda-feira, setembro 05, 2005
Got milk?
domingo, setembro 04, 2005
Sem título
Ó meninos ! Então, nós somos assim tão sádicos ? É verdade que não estamos habituados a ver estas coisas na terra das oportunidades e do, enfim, êxito, agora rir daquelas lágrimas e daquela água ! Ontem, a TVI, por exemplo, dedicou mais de 20 minutos ao assunto. Isto é que se torna massacrante. Cada vez que há m... nalgum sítio pumba, pumba, pumba, lá vêm as mesmas imagens, em todos os canais, por largo tempo, durante dias, até à catástrofe seguinte. Como diz aquele tradutor, n' Os Dias da Rádio, do Woody Allen, que predicamento
Holy shit, they're being flamed! And guess what? Me too!
sábado, setembro 03, 2005
31.2 Kbps
Final? Qual final?
Fiquei, ao ver o final de Everwood (ontem à noite, na RTP-1), desconfortavelmente dividido - gosto de finais misteriosos, mas não era preciso exagerar. Claro que, ao não decidir o final do desgraçado do Colin, tudo fica em aberto para a nova série: Continuará o milagroso médico, Andy, em Everwood, ou será crucificado por ter moto o miúdo? E Ephram, conseguirá finalmente ficar com Amy (a miúda às vezes parece enxertada em parva, mas até é amorosa)? E como ficam as coisas entre Nina e o marido? Enfim. Ficou a saber-se que Colin foi operado - e que a coisa não correu pelo melhor, a avaliar pela cara do Dr. Brown, momentos antes de o écrã escurecer e saltar para o genérico final.
Ganhei um bom motivo para dar vida à televisão e esperar que a RTP tenha a boa ideia de comprar a segunda série de Everwood. Por enquanto, e porque é preciso encher chouriços, aquele meu horário sagrado dos dias úteis vai ser ocupado por Smallville. É a adolescência de Clark Kent, aquele jornalista extraterrestre que quando tira os óculos transforma-se em Super-Homem. Isto não salva a historieta. Nunca gostei de super-heróis. E muito menos daqueles que vestem as cuecas por cima das calças.
João Campos
Há vida para além do Secundário?
sexta-feira, setembro 02, 2005
A Escola Superior de Comunicação Social dá o exemplo!
Os aquecedores estão lá. E a televisãozinha no bar principal. E agora, também, mini-ecopontos (caixotes coloridos, na verdade), espalhados pelos spots de maior concentração (bares e mesas do -1), para que possamos separar o lixo – como o fazemos nos nossos lares.
Estou convencida de que saberemos dar-lhes uso. Afinal, como já se diz por aí a torto e a direito, à força de mais um daqueles anúncios da moda, “não custa nada”!
P.S. – João e Carlos, amigos, dia 3 alinhamos! (Valha-me Deus, que até me saiu uma asneira!...)
quinta-feira, setembro 01, 2005
'Tarantantã nã' enche barriga' ( título de uma antiga revista do P. Mayer )
Uma vez criada essa basezinha, então sim, avance-se para outros vôos.
Se calhar, ainda não há lugar a um 'salvador da Pátria' ( é um conceito tremendo, que produziu as ditaduras do século passado. Agora, é tempo de aguentar ( com muita raiva, é certo ... ai, estas reportagens sobre a situação dos profes !). Terão que vir tempos mais suaves.